Jack Green, que agora chama-se Jackie Green, disse à sua mãe que ter nascido homem era resultado de um equívoco: “Deus cometeu um erro. Eu deveria ser uma menina”, afirmou.
O rapaz foi diagnosticado com Transtorno de Identidade de Gênero por psiquiatras aos 14 anos, e a partir daí, passou a tomar hormônios bloqueadores de testosterona, o que evitou a puberdade e a mudança na voz: “Um monte de transexuais têm características masculinas, porque eles não foram capazes de tomar os remédios cedo como eu fiz. Isso faz com que eles se destaquem, tornando-se muito mais difícil de se encaixar na sociedade, especialmente quando se trata de um trabalho”, afirmou ao jornal Daily Mail, fazendo referência às estatísticas que apontam que transexuais tem duas vezes mais chances de ficarem desempregados.
O histórico de Jackie Green é complexo e revela uma busca desde cedo por convencer os pais a mudar de sexo. Aos oito anos de idade, enviou um e-mail para os colegas de classe dizendo que era uma menina presa no corpo de um menino, e que a partir daquela data, iria à escola vestido com roupas femininas: “Com cerca de 10 anos de idade, eu lembro de ter dito à minha mãe que se eu começasse a me transformar em um homem, eu me mataria. Eu estava ciente de que estava me aproximando da puberdade e que, juntamente com o bullying, seria demais. Eu tomei uma overdose de Paracetamol e acabei no hospital. Olhando para trás, foi mais um grito de socorro”, revelou.
O diretor do Serviço de Desenvolvimento de Identidade de Gênero, Polly Carmichael afirmou que o transtorno é identificado quando a criança apresenta vários comportamentos característicos do outro sexo, inclusive com afirmações sobre o desejo de ser, ou ser o sexo oposto: “Em alguns casos, o tratamento com drogas é necessário. Mas nós trabalhamos duro para tentar manter as crianças abertas a todas as possibilidades”, declarou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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