Um vídeo com um beijo gay utilizado na
campanha do candidato Leonel Camasão, do PSOL, está causando polêmica em
Joinville, no Norte de Santa Catarina. O Jornal da Cidade publicou um
editorial tachando o beijo de “nojento” e “asqueroso”.
O candidato diz que apenas decidiu
reexibir o vídeo, utilizado em outra campanha do partido, em São Paulo,
em 2010. E afirma que a imagem não será tirada do ar.
“Da nossa parte não tem problema nenhum
manter o vídeo no ar. Porém, estamos sofrendo agressões verbais de
diversas pessoas, inclusive jornalistas”, diz.
No Jornal da Cidade, o editor-chefe João
Francisco da Silva compara o beijo ao ato de “alguém defecar em público
ou assoar o nariz à mesa”. “Para mim isso é tara, psicopatia. No
mínimo, falta de decoro”, diz, no texto.
Após a publicação no jornal, o candidato
entrou com um pedido à Promotoria de Direitos Humanos e Cidadania do
Ministério Público de Santa Catarina para obter um direito de resposta.
Segundo ele, os comentários são agressivos e vão contra a população LGBT
(lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e o
partido.
Para o candidato, este tipo de
manifestação deixa clara a necessidade do Congresso Nacional aprovar uma
lei que criminalize a homofobia. “Não é mais aceitável que, em pleno
século 21, tenhamos que assistir e ler este tipo de barbaridade”, diz.
Além das medidas judiciais, o PSOL
também criou uma petição on-line em repúdio ao jornal. Segundo Camasão,
“a petição on-line teve início há dois dias e já tem mais de 500
assinaturas”.
Procurado pelo G1, João Francisco da
Silva mantém a crítica. “Isso agride a sociedade. Eu não sou homofóbico.
Não tem nada a ver com homofobia, mas sim com valores morais. A
população é convidada para assistir ao horário eleitoral, e não acho que
o beijo contribua para ajudar a escolher o candidato.”
“Sou jornalista há 43 anos e não vou negligenciar os valores em que acredito. Foi repugnante assistir”, diz.
Fonte: G1
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