O pastor evangélico Joide Miranda, de 47 anos, que até os 26 era travesti, concedeu uma entrevista ao G1, na qual falou de sua mudança de vida e de como tem trabalhado para auxiliar pessoas que queira largar a homossexualidade.
Líder da Associação Brasileira de ex-Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (ABexLGBTTs), Miranda usa sua experiência como
ex-travesti para ajudar quem deseja abandonar a homossexualidade e diz
que é visto como referência para “aqueles que querem deixar o estado da
homossexualidade”.
- A homossexualidade é um vício que, muitas vezes, vem desde a
infância. Achava que era impossível mudar, mas é uma conduta que pode
ser desaprendida – afirma o pastor Joide Miranda.
Ele assumiu a homossexualidade aos 14 anos de idade e, se dizendo
“totalmente restaurado”, afirma que o trabalho que desenvolve busca a
cura e a mudança a partir da espiritualidade e da experiência de vida
dele. Apesar do Conselho Federal de Psicologia (CFP) orientar
profissionais da área a não colaborar com serviços que ofereçam
tratamento e cura para homossexualidade, ele afirma que a ajuda da
psicologia seria importante nesse processo.
- Quando a pessoa resolve mudar, o interior está todo bagunçado e
demora algum tempo para mudar completamente, inclusive os trejeitos
femininos – ressalta o pastor, que depois da mudança retirou as próteses
de silicone dos seios e o silicone industrializado dos quadris.
Édna, mulher com quem o pastor é casado há 14 anos, hoje o acompanha
nas palestras e aconselhamentos, e diz que no início ajudou o marido com
a mudança.
- Falava para ele que não era para colocar a mão na cintura, nem
cruzar as pernas como mulher – ressalta Édna, que enfatiza, porém, que
se casou com um heterossexual, e que nunca teve dúvidas quanto à mudança
de Joide, mas que no início do relacionamento enfrentou certo
preconceito por parte daqueles que não acreditavam na mudança de Joide.
- Tive tudo que um travesti sonha, como glamour e dinheiro, mas não
era feliz. Sentia um vazio muito grande dentro de mim. Era uma vida de
hipocrisia – recorda Joide, ao se dizer realizado hoje com a mulher e o
filho.
O pastor conclui a entrevista afirmando que a homossexualidade está
na mente e, por isso, pode ser restaurada. Ele ainda cita a própria
experiência como exemplo, e afirma que teve sua heterossexualidade
violada quando sofreu abuso na infância.
Redação Gospel+
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