No Chile, os comentários de um pastor evangélico sobre uma lei contra
a discriminação de homossexuais causou polêmica e revolta entre
militantes gays. Carlos Martinez, presidente da União dos pastores
evangélicos de Osorno, criticou a legislação, que prevê uma proteção
social diferenciada aos homossexuais, e disse também que a
homossexualidade tem sua raiz na infância e se desenvolve em crianças
que são seduzidas por gays.
- As crianças estão em perigo, já que a homossexualidade tem sua
origem na sedução da criança ou do adolescente por um adulto gay –
afirmou Martinez, segundo o site Mix Brasil.
As declarações do líder evangélico causaram revolta ente os
militantes gays do país. Rolando Jiménez, presidente do MOVILH, criticou
o pastor afirmando que suas palavras são “alucinantes.”
- Se eles tivessem a chance de nos queimar em fogueira em praça
pública, eu não tenho dúvidas de que iriam fazê-lo – criticou Jiménez.
Em suas declarações o pastor havia também criticado o trabalho de militância de Jiménez:
- Sua liderança é um perigo, porque ele está promovendo o
comportamento imoral à luz da Bíblia. [...] Agora, se o homossexual quer
viver dessa maneira, ou se Rolando Jimenez quer viver como um
invertido, pode fazê-lo, mas ter uma lei para incentivá-los, acho que é
negativo.
A polêmica entre religiosos e militantes gays nessa semana foi
marcada também por uma oração contra o casamento gay distribuída pela
Igreja Católica na França.
De acordo com a AFP, o texto, intitulado Oração para a França, pede
para que as crianças e jovens “deixem de ser objetos dos desejos e
conflitos dos adultos para beneficiar-se plenamente do amor do pai e da
mãe”.
- Ele está insinuando que é perigoso para uma criança ser educada por
pais do mesmo sexo. O texto da oração é homofóbico. Definição de
família da igreja está longe da realidade das diversas famílias que
vemos hoje – do mesmo sexo, mista ou famílias monoparentais. Nós estamos
pedindo que todos os diferentes tipos de famílias sejam reconhecidas,
no interesse da criança e dos pais – declarou o porta-voz do grupo Inter
LGBT, Gougain, segundo a publicação Digital Journal.
Nascida de uma tradição que existia no país antes da 2ª Guerra
Mundial, a oração será lida será lida em todas as congregações da França
nesta quarta-feira (15), e segundo um porta-voz da Igreja Católica, Dom
Bernard Podvin, seu renascimento foi para “aumentar a consciência da
opinião pública sobre graves escolhas sociais”.
Redação Gospel+
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