A recente declaração do presidente Barack Obama sobre o casamento gay
provocou reações entre os eleitores, analistas políticos e líderes
cristãos.
Segundo levantamento feito pelo Instituto Gallup, 60% dos eleitores
entrevistados afirmaram que a opinião pessoal do presidente Obama,
favorável à união entre pessoas do mesmo sexo, não influenciará na
decisão de voto.
Para o restante dos eleitores que afirmaram levar essa opinião em
consideração, 26% dos entrevistados consideraram como negativa a postura
do presidente, enquanto que 13% passaram a admirá-lo.
O analista político Jeffrey Jones afirmou que a postura de Obama pode
representar um prejuízo a curto prazo, mas que pode se tornar um
benefício, dependendo de como a campanha prosseguir: “É importante
observar que os resultados da sondagem são reações imediatas dos
americanos sobre a posição de Obama. É possível que o impacto da
declaração acabe por ser maior ou menor, de acordo com a atenção dada à
questão durante a campanha presidencial”, afirmou, de acordo com
informações de “O Globo”.
A convenção das Igrejas Assembleias de Deus nos Estados Unidos se
posicionaram contrários à postura do presidente em relação ao casamento
gay. Através de um comunicado oficial, a denominação, que reúne 3
milhões de fiéis no país, declarou que “a crescente aceitação cultural
da identidade e conduta homossexual, masculina e feminina, é sintoma de
uma desordem espiritual mais ampla que ameaça a família, o governo e a
igreja”.
“Embora tenha se tornado muito comum citar a Bíblia grosseiramente
fora de contexto para atender a uma agenda pessoal ou política, isso
porém não muda o que a Palavra de Deus declara claramente”, afirma o
comunicado.
Outra liderança cristã, o pastor Franklin Graham, que é conselheiro
espiritual de Obama, afirmou que a mudança de postura do presidente é
uma afronta a Deus: “O presidente Obama tem, em minha opinião, fechado o
seu punho contra o mesmo Deus que criou e definiu o casamento”.
Para Graham, a definição de casamento não pode ser alterada por leis
ou governantes: “A instituição do casamento não deve ser definida pelos
presidentes, governadores ou mídia. A definição foi estabelecida há
muito tempo e mudar a legislação ou política nunca vai mudar a definição
de Deus. Este é um dia triste para a América. Que Deus nos ajude”.
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