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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Movimento que incentiva virgindade até o casamento alcança 200 mil adeptos no Facebook.


Depois das pulseiras do sexo, em que cada cor tinha uma conotação sexual específica, um movimento que surgiu e ganhou força nas mídias sociais tem outra proposta: casar virgem.
É uma reafirmação das doutrinas evangélicas através do Facebook, principal site de relacionamentos na internet. O movimento “Eu Escolhi Esperar” (EEE) alcançou uma significativa marca de fãs: 212 mil pessoas já “curtiram” a fanpage do movimento, que possui também 80 mil seguidores no microblog Twitter.
O engajamento religioso no Facebook é o assunto que mais atrai fãs. Há outras grandes fanpages brasileiras sobre assuntos ligados ao cristianismo. A página do portal Gospel+ no Facebook, está entre essas, ao lado da página da “Bíblia no Facebook”, que oferece versículos para ler e ouvir sem sair do site.

A reportagem do “O Globo” entrevistou Samira Yunes, bióloga, 27 anos e ativista do EEE: “É um movimento de jovens que querem esperar o par certo. Antes, a minha maneira de escolher um namorado era baseada na carência, para não ficar sozinha. Tinha uma vida normal de ficar com caras que nem conhecia direito, mas, graças a Deus, me preservei”, conta ela, que mesmo antes de se tornar evangélica, há três anos, manteve sua virgindade.
Um dos idealizadores do movimento EEE, o pastor Nelson Junior, da Igreja em Vitória, no Espírito Santo, afirma que o movimento criado há oito meses se espalhou para além das fronteiras evangélicas e que é uma resposta à proposta das pulseirinhas do sexo: “Todas as cores querem dizer que discordamos da libertinagem antes de casar. Temos católicos e pessoas que nos seguem só por princípios”, relata Junior, hoje com trinta e cinco anos e casado há catorze. Ele afirma que manteve sua virgindade até o casamento, quando tinha vinte e um anos.
Os princípios do EEE constam de uma cartilha que possui diversos indicativos, e sugere inclusive que o beijo aconteça somente após o casamento. O casal Larissa Araújo, 23 anos, e Nelson Marcelino, 30 anos, vão seguir a cartilha à risca e defendem a iniciativa: “Fizemos a pulseira como um contraponto à pulseirinha, cuja brincadeira era arrebentar. A nossa não arrebenta. Andamos de mãos dadas e trocamos carinhos até um certo limite. Quando sinto vontade, oro ou vou correr na praia”, relata Nelson, sem demonstrar constrangimento por sua virgindade.

Fonte: Gospel+

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