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sábado, 8 de janeiro de 2011

Kit aborto: indústria da morte na internet.


Para quem descobre a gravidez antes da 12ª semana, a indústria do aborto oferece a opção do kit. Nele, além do Cytotec, o comprador recebe o Mifepristone. O remédio funciona como um potencializador do abortivo mais conhecido. Ele bloqueia o hormônio progesterona, responsável por manter a gravidez, até a 12ª semana. Assim, o Cytotec consegue expulsar o feto do ventre com mais facilidade.
Uma mistura ‘bombástica’, segundo o médico Marcelo Nogueira, coordenador da maternidade São Francisco de Assis em Jacareí. “O uso deste medicamento pode desencadear uma hemorragia muito grande. Realmente estes vendedores pegam pesado para expulsar o feto”, declarou ele.
Passo a passo
Além da dose dupla de remédios abortivos, o comprador recebe um aplicador intra uterino e um manual, para o uso dos medicamentos, com ilustração, além de informações sobre o que a mãe sentirá, a cada passo que der para expulsar o feto do ventre.
Estratégia
A única coisa que incomoda os vendedores é a concorrência. Um deles, faz questão de certificar a qualidade do serviço. “Mesmo se tratando de um medicamento cujo a venda é ilegal em nosso país, queremos que saiba que não faremos nenhum milagre em sua vida, mas você pagará um valor justo para adquirir um medicamento original e que vai resolver seu problema”.
Muitos medicamentos abortivos vendidos na internet são falsificados, diz o médico.
Fiscalização
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que realiza ações junto com a Polícia Federal para coibir a venda deste medicamento pela internet. “O problema é que não tem como ‘deter a internet’. Ainda não temos leis para isso”, informou o órgão. “Se a Anvisa manda tirar do ar um site de domínio brasileiro, ele abre como ‘.com’”, concluiu a assessoria.
Feministas defendem descriminalização
Em São José , Angela Aparecida da Silva, ativista do movimento ‘Marcha Mundial das Mulheres’, defende que a mulher deve decidir sobre o próprio corpo. “A decisão da mulher precisa ter o amparo do Estado. Nós entendemos que a não legalização do aborto sustenta as clínicas clandestinas, além de deixar as mulheres entregues à própria sorte. O estado entra para respaldar a decisão da mulher”. E concluiu. “O aborto é uma violência para a mulher. Se ela não tem o acompanhando correto, tem uma sequela para toda a vida”.
Igreja Católica faz ‘cruzada’ de combate ao aborto na região
Hermes Rodrigues Nery, vereador em São Bento do Sapucaí, está na linha de frente da comissão em defesa da vida da Diocese de Taubaté. Hermes, vereador pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade), lidera o movimento católico que pretende recolher 300 mil assinaturas, em dois anos, para endurecer a legislação paulista, vetando o aborto em todo o Estado. O bispo Dom Carmo Rhoden, pretende agendar até março um encontro com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para debater o tema. O número de adesões, equivale a 1% do eleitorado paulista, e é necessário para que o projeto seja votado na Assembleia Legislativa. “Nosso projeto está indo bem, os formulários estão espalhados por várias igrejas. Temos ainda o apoio de centros espíritas, igrejas evangélicas e no seicho noie. Várias pessoas estão assinando”, disse Hermes. O grupo católico acredita que, dificilmente o tema seria discutido no Congresso, devido à polêmica. Sendo assim, seria mais fácil iniciar a discussão primeiro no estado de São Paulo, para somente depois levar a Brasília. No Brasil, o aborto é considerado crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos.

Fonte: Rede Bom Dia / O Verbo

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