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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pai do Kit gay, Fernando Haddad se recusa a pedir votos a líderes evangélicos e afirma que igreja e política são incompatíveis.

Na corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo, vários candidatos tem buscado apoio entre líderes religiosos, principalmente pastores evangélicos, para angariar votos entre membros de diversas denominações religiosas. Porém, o candidato pelo PT, Fernando Haddad, conhecido pelas polêmicas envolvendo o “kit gay”, afirmou que não buscará apoio de nenhum líder religioso.
- Visito e faço gosto em visitar [religiosos]. Alguns são parceiros da prefeitura em projetos sociais importantes. O que não faço é pedir apoio e voto. Penso que não é compatível. Uma coisa é pedir e oferecer apoio para a missão da igreja e da prefeitura, no sentido de ajudar os mais pobres. Mas minha relação para aí – explicou o petista.
O apoio por parte de pastores evangélicos já foi anunciado pelos candidatos Russomanno (PRB), Gabriel Chalita (PMDB) e José Serra (PSDB), que em entrevista à rádio Jovem Pan, elogiou a presidente Dilma Rousseff por ter vetado a distribuição do “kit gay” nas escolas após a reação das igrejas. O tucano afirmou que o kit tinha “aspectos ridículos e impróprios” para crianças.
- Não quero nem entrar em detalhes, porque vão dizer que eu estou introduzindo (o tema na campanha), mas (o “kit gay”) tinha aspectos ridículos e impróprios para passar para crianças pequenas – afirmou o candidato, segundo o Estadão.
Serra afirmou ainda que Haddad teria de dar explicações ao eleitorado da cidade pela sua participação na elaboração do material e que, portanto, essa discussão não cabia a ele e aos outros candidatos.

- Quem fez foi o Ministério da Educação quando Fernando Haddad era titular, então é natural que cobrem isso na campanha. Ele é quem tem que se explicar, não são os outros candidatos – afirmou.
Em direção oposta ao posicionamento de Haddad, o candidato do PRB, partido ligado à igreja Universal do Reino de Deus, Celso Russomano, anunciou que continuará buscando apoio entre as igrejas. O candidato afirmou que “quanto mais igrejas, mais religiões existir, menos gente estará matando, menos gente estará roubando”.

Redação Gospel+

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