Ao mesmo tempo em que líderes mundiais protestam contra o assassinato de 21 cristãos num bárbaro atentado à bomba de extremistas contra uma igreja cristã de Alexandria, no Egito, há poucos dias, um relatório que avalia a perseguição contra cristãos, divulgado nesta quarta-feira, 5 de janeiro, pela missão Portas Abertas Internacional, sediada nos Estados Unidos, confirma os países islâmicos como os lugares onde há mais perigo e violência contra cristãos.
Segundo o “Open Doors 2011 World Watch List”, que avalia as condições em que vivem os cristãos em 77 nações e, em seguida, classifica os 50 primeiros onde é mais difícil praticar tal fé, apesar da Coreia do Norte ser a terrível anticampeã pela nona vez (permanecendo como o primeiro lugar em nível de perseguição aos seguidores de Jesus), na lista dos dez mais perigosos lugares para um cristão viver, oito são países de maioria muçulmana. Dos 30 primeiros países na lista, apenas sete têm outro tipo de grupo que não os extremistas islâmicos como os principais perseguidores dos cristãos.
E a perseguição aumentou em sete destes países. No Irã, a violência cresce para tentar sufocar o crescente movimento de igrejas nos lares. No Afeganistão, milhares de fiéis têm que viver de forma clandestina. Na Arábia Saudita, ainda é proibido qualquer pessoa nascida naquele país se converter ao cristianismo. A Somália sem lei, terroristas sanguinários ameaçam matar os missionários cristãos que querem ajudar o povo e atender a necessidade alimentar das pessoas pobres. No Iémen, permanece a determinação de expulsar todos os obreiros cristãos. E no Iraque, que saltou de décimo-sétimo para oitavo pior perseguidor de cristãos, aconteceu um dos piores massacres, com 58 cristãos assassinados por extremistas em uma catedral de Bagdá em outubro.
A lista dos 10 países onde há mais perseguição contra cristãos também inclui: Maldivas, Uzbequistão e Laos. A Mauritânia parece estar se tornando mais tolerante com as diferenças. Caiu da posição número 8 para a décima-terceira em grau de perseguição.
Nos últimos anos há um êxodo de cristãos deixando o Iraque para escapar da perseguição. Atualmente, restam pouco mais de 300 mil cristãos neste antigo berço do Cristianismo, onde hoje milícias organizadas barbarizam famílias apenas pelo fato de não professarem a mesma fé que eles. A cidade de Mosul e a capital, Bagdá, são os lugares onde a perseguição religiosa é mais intensa. No ano passado, pelo menos 90 pessoas morreram por Cristo no Iraque e outras centenas ficaram feridas em ataques com bombas e armas. Há rumores de que, nas últimas duas semanas, houve uma onda de violência que ceifou ainda mais vidas.
Outra informação interessante do estudo de Portas Abertas é sobre o Paquistão, país que está entre os quinze mais perseguidores, subindo de décimo-quarto para décimo-primeiro, mas que tem a maior população de cristãos entre eles: 5 milhões de seguidores de Jesus.
Segundo o presidente da Portas Abertas Internacional, Carl Moeller, “ser um ex-muçulmano ou um cristão da igreja subterrânea em nações dominadas por muçulmanos é como ter desenhado nas costas dos cristãos um grande alvo. Não há liberdade de crença ou religião na maioria destes lugares. E como o relatório 2011 denuncia, a perseguição aos cristãos em países islâmicos continua a crescer”.
Fonte: SOMA / Gospel Prime
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